CAJÚ
Árvore que pode atingir até 10 m de altura, apresenta copa proporcional ao seu tamanho, arredondada chegando a alcançar o solo. Tronco geralmente tortuoso e ramificado. Folhas róseas quando jovens, verdes posteriormente. Flores pequenas, branco-rosadas, perfumadas, surgindo de junho a novembro. O cajú.O fruto pequeno de coloração escura e consistência dura é sustentado por uma haste carnosa e suculenta bem desenvolvida, de coloração amarela, alaranjada ou vermelha. Da haste obtém-se matéria- prima para a fabricação de sucos, doces, etc. O verdadeiro fruto é a conhecida castanha-de-caju que pode atingir até 2 cm de comprimento. Os frutos amadurecem de setembro a janeiro.
Encontra condições ideais de cultivo no litoral do Nordeste. Prefere solo seco devendo seu plantio ser realizado na estação chuvosa. Prefere clima tropical e subtropical. Uma árvore com 4 anos pode produzir de 100 a 150 kg por ano.
O caju pode ser consumido como fruta fresca, sob os pés carregados ou adquirido de ambulantes nas ruas e nas praias. Especialmente, é comum servir de acompanhamento para aqueles que não se furtam de beber uma boa aguardente de cana, sendo consumido aos pedaços ou por inteiro, entre um gole e outro.
Para beber, como é mais consumido, o caju serve de matéria-prima para inúmeros sucos, refrescos e cajuadas, quando ao suco adoçado, adiciona-se água ou leite. A cajuína, bastante apreciada e consumida gelada, é o suco filtrado, engarrafado e cozido em banho-maria. Esse suco, depois de filtrado e cozido, quando misturado com álcool transforma-se na jeropiga, um vinho de caju que pode ser mais ou menos encorpado. O mocororó é o suco fermentado, cru ou cozido, um vinho mais fino.
O cajú bom para o consumo deve estar bem fresco. A casca deve ter cor firme (segundo a variedade), sem manchas ou machucados. Como é uma fruta muito fácil de estragar, deve ser consumido no mesmo dia da compra. Se estiver bem firme, pode ficar guardado na geladeira por dois dias, no máximo.
Para que o doce de cajú fique bem clarinho, use panela de ágata. Para extrair todo o suco do cajú, depois de ter espremido a fruta, passe o bagaço por uma peneira.
A doçaria nordestina é pródiga em receitas que levam a fruta, uma boa maneira de conservá-la para ostempos de entressafra. Assim, o caju costuma ser transformado em doces de todo tipo, na forma de sorvetes, gelados, compotas' passas ou ameixas de caju, em calda ou fruta cristalizada.
As árvores que dão o caju, essa saborosa, múltipla e generosa truta de muito frutos, em suas variadas espécies, podem durar até mais de 50 anos e se apresentar com características bastante diversas.
O caju está presente na literatura, na poesia, nos ditados populares, na fala, nos jogos infantis, nas crendices, nos costumes, no folclore, na medicina e no mobiliário e, é claro, na dieta alimentar, na culinária e na doçaria brasileira, especialmente, nordestina.
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