quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Dica de Saúde.
Amendoim
É uma leguminosa com processo especial de frutificação, em que uma flor aérea, após ser fecundada, produz um fruto subterrâneo. Suas flores são amarelas, agrupadas em número variável ao longo do ramo principal ou também dos ramos secundários, conforme a variedade ou o tipo vegetativo. Todas são potencialmente férteis e hermafroditas, com baixa porcentagem de cruzamentos naturais.
Seu período de florescimento é bastante dilatado, havendo épocas de aparecimento de maior número delas, e seu fruto para a Botânica é um legume. Dependendo das condições ou das características de variedades, a vagem pode apresentar lojas sem sernentos ou com sementes atrofiadas. Na variedade roxa é uma peculiaridade a ocorrência de uma loja vazia em grande número de vagens. As sementes, provenientes dos óvulos, constituem a parte de maior interesse econômico, devido ao seu elevado teor de óleo comestível, ultrapassando 40% em algumas variedades.
O óleo do amendoim é de fina qualidade, tal como foi classificado pela Sociedade de Química Industrial de Londres. Preparado com toda a técnica moderna conserva-se perfeitamente bem, não ficando rançoso com facilidade, como acontece com o azeite de dendê e outros óleos. A vantagem que temos na produção do óleo resulta da facilidade na obtenção da matéria prima. Em nosso país, até final da década de 80, o amendoim se comportou muito bem e o aumento progressivo do consumo do óleo tem impedido muitos lavradores a optar por sua cultura. A elevação do consumo vem sendo registrada mesmo nas nações tradicionalmente consumidoras de azeite de oliva.
É geral a opinião de que o óleo de amendoim é de fácil digestão e por isso recomendada às pessoas portadoras de moléstias do aparelho digestivo. Seu valor nutritivo equivale ao de outras gorduras empregadas na alimentação, sejam vegetais ou animais.
As vitaminas B-1 e B-2 têm sido encontrada em proporções considerável no amendoim cru, e acredita-se que existam também no óleo. Com relação às vitaminas A e D, as tabelas em geral acusam ausência absoluta ou no máximo ligeiros indícios, o mesmo ocorrendo com relação a outros óleos. A vitamina E, responsável pela reprodução, é a que entra em maior concentração no óleo do amendoim.
Para conseguir óleo de boa qualidade e também bom rendimento o amendoim deve ser maduro e seco. Quando colhido antes do momento apropriado dá um óleo de má qualidade e rico em ácidos graxos livres, cuja correção, para sua entrega ao consumo, é muito cara. O óleo extraído das sementes descascadas, sem película e sem embrião se mostra mais puro e de maior valor comercial.
Além do emprego na alimentação, utiliza-se o óleo do amendoim na indústria pesqueira para cozimento de sardinhas. Convenientemente refinado para obtenção de maior pureza, é usado para fins medicinais e farmacêuticos, principalmente como veículo para emulsão de produtos injetáveis. O óleo de segunda, não refinado, serve como combustível das lâmpadas dos mineiros. Quando neutro, usa-se como lubrificante. É também excelente matéria-prima para a indústria de saboaria.
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