COMINHO 
Planta muito antiga sendo utilizada por várias civilizações, desde os celtas antigos, passando pelos romanos e chegando aos árabes. Na Turquia também é muito empregada, principalmente em licores e na própria alimentação. De sabor diferente, ficando entre o da pimenta e o anis, cativou muitos adeptos.
Os romanos empregavam como pimenta; já os celtas temperavam seus peixes      e os árabes usavam como condimento para diversos pratos; os alemães      moem seus grãos junto com grãos de trigo, fazendo uma farinha      especial para a produção de pães condimentados. 
No Brasil não é muito conhecido, sendo mais usado no nordeste      brasileiro. Juntamente com outras três sementes: a alcarávia,      funcho e aipo, forma o grupo de sementes de sabor forte, pronunciado e marcante.       
A região de origem do cominho é confundida      com os locais onde vegetam espontaneamente. Como é uma cultura que      já é utilizada pela população já há      muitos séculos, pode ter sido disseminada pelo próprio homem.      Vegeta espontaneamente no Egito até a Índia, e nos países      ao redor do mar Mediterrâneo. 
Atualmente os países que produzem o cominho são:      França, Índia, Turquia, países do norte da África,      o próprio Brasil, na região nordeste. O certo é que pela      fácil adaptação desta planta aos diversos climas ela      já se espalhou por grande parte dos países.
O solo ideal para o cultivo do cominho é o de textura      média, aquele que apresenta uma proporção adequada de      areia e argila. Exige solos bem ricos em nutrientes e bem drenados. Parece      ser uma planta muito exigente, não suportando solos de textura extrema,      como solos argilosos ou solos arenosos e também não suporta      solos encharcados. O clima mais adequado para a germinação das      sementes de cominho é de 25ºC. O ideal no ciclo      da cultura é uma temperatura amena o ciclo todo. 
A forma mais adequada de plantio é semeadura direta no campo, distante      de 15 a 25 cm entre as linhas de plantio. Em média utiliza-se cerca      de 2 gramas de sementes por metro quadrado de área de cultivo.
A colheita é dificultada pelos mesmos problemas do coentro, o amadurecimento      irregular dos frutos. Deve-se colher as umbelas que vão apresentando      grande parte dos frutos já maduros, ou seja, que apresentam uma coloração      amarela amarronzada. Evitada a perda durante a colheita e a secagem, pode-se      colher de 500 a 1.000 kg de sementes por hectare. 
O mais importante nas sementes de cominho são os      óleos essenciais. Estes são extraídos por arraste a vapor,      e chegam a proporcionar um rendimento de 2,5 a 4,0% do peso do fruto. Os óleos      da Sicília e da região de Malta são os de melhores qualidades,      e os mais procurados. 
O cominho não é muito empregado como planta      medicinal, mas possui ação carminativa e digestiva. 
No Brasil não existe muito o hábito de consumir o cominho.      Ele é mais empregado no nordeste brasileiro,  inteiro ou em grão, pode ser usado em molhos, carnes assada, cozida      ou de panela, peixes em seus diversos preparos, legumes, ovos, queijos, feijão,      hambúrgueres, molhos de tomate ou pão e ainda para condimentar      salsichas e embutidos. As sementes são empregadas no preparo de      pães, queijos, salsichas e lingüiças, principalmente nos      países do norte da Europa. Seu aroma também é usado na      produção de licores, principalmente em países como a      Turquia. Na receita da moqueca de peixe onde são utilizadas as folhas      frescas de coentro, pode-se substituir pelo cominho em pó,      e o sabor de sua moqueca será totalmente diferente, parecendo ser um      outro prato; experimente.

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