quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dica de Saúde.

Cajá
Árvore portadora de caule ereto, com até 25 m de altura, portadora de ramos esparsos e extensos; sementes de formato claviforme ou remiforme, com números de lóculos e de embriões variáveis; flores hermafroditas, dispostas em panículas terminais; fruto do tipo drupa, de coloração amarelo-laranja, cilindriforme, polpa ácida, aromática, saborosa, comestível e saudável, com excelente aceitação de mercado. O processo de exploração dessa frutífera ainda é feita de modo extrativista.

A propagação da cajazeira pode ser feita pelo processo sexuado, através da semente ou pelo processo assexuado mediante o uso de parte do vegetal.

Semente é o método usado na propagação da cajazeira pelo fato da germinação ocorrer de maneira muito desuniforme, em decorrência da manifestação da sua dormência. Por outro lado, a planta resultante de semente (pé franco) demanda maior tempo para iniciar a frutificação.

Estaquia é o método mais comum para a propagação vegetativa da cajazeira, usando-se a parte lenhosa de ramos de plantas adultas, com mais de um ano de idade, diâmetro igual ou superior a 3 cm e comprimento igual ou superior a 60 cm. Após coleta, as estacas devem ser colocadas em local de boa aeração e sombreamento, mantendo-se o chão úmido até que ocorra a formação do calo, para que sejam submetidas ao plantio no local definitivo.

A coleta de estaca deve ser feita no período compreendido entre os meses de agosto a outubro, oportunidade em que as plantas acham-se destituídas de folhas, conseqüentemente, com maior acúmulo de reserva, por se tratar do momento em que a planta se prepara para a rebrotagem e a conseqüente frutificação.

As estacas destinadas ao plantio deverão ser tratadas com fungicidas para evitar a ocorrência de fungos ou de outro tipo de patógeno que possa vir a comprometer o desenvolvimento vegetativo ou, até mesmo, a morte da estaca.

Os frutos da cajazeira possuem excelente sabor e aroma, além de rendimentos acima de 60% em polpa, e por isso são amplamente utilizados na confecção de suco, néctares, sorvetes, geléias, vinhos, licores.

Devido a sua acidez, normalmente, não é consumido ao natural. Na região Sul da Bahia, a polpa de cajá é a que possui maior demanda entre as polpas de frutas comercializadas, entretanto, a sua industrialização é totalmente dependentes das variações das safras, considerando a forma de exploração extrativa da cajazeira e a grande perda de frutos devido a problemas de colheita e de transporte.

Desse modo, apesar da polpa do cajá despertar interesse em outras regiões do país, a atual produção industrializada não é suficiente para atender nem o mercado consumidor do Norte e Nordeste.

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